Conselho Federal de Medicina se posiciona contra a vacinação obrigatória

Mauro Luiz de Britto Ribeiro, presidente do Conselho Federal de Medicina | Foto: Divulgação

Mauro Luiz de Britto Ribeiro, presidente do Conselho Federal de Medicina | Foto: Divulgação

MAURO RIBEIRO: ‘ESTÃO TENTANDO NOS CALAR’

Presidente do Conselho Federal de Medicina fala sobre perseguição a médicos, tratamento precoce e pandemia

Um dos temas mais discutidos atualmente, dentro e fora do Brasil, é o chamado “passaporte sanitário”, que nada mais é do que um meio de fazer com que a população decida por se vacinar contra o novo coronavírus, ainda que contra a sua vontade. Ou seja, de forma obrigatória.

No entanto, a vacinação obrigatória não é defendida por muitos especialistas, como o próprio ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, assim como por alguns órgãos como o Conselho Federal de Medicina, que em uma resposta a um ofício encaminhado por dois deputados, se posicionou da seguinte forma:

“Em referência aos termos de sua correspondência, protocolada neste Conselho sob o n°. 7759/2021, solicitando posicionamento deste Conselho sobre a obrigatoriedade da vacinação contra a COVID-19, informamos que o Conselho Federal de Medicina tem posição pública sobre o tema, sempre se manifestando a favor da vacinação contra a COVID-19, mas contra a sua obrigatoriedade.”

O documento foi compartilhado pela deputada Bia Kicis em suas redes sociais, onde ela elogiou a iniciativa dos colegas parlamentares. “Importante: @Medicina_CFM manifesta-se a favor da vacina e CONTRA o passaporte sanitário. Foi uma resposta a um oficio encaminhado pelos deputados @depmgualberto e @ToniettoChris. Parabéns aos dois pela iniciativa e ao Conselho Federal de Medicina pelo respeito e pela ética”, escreveu.

 

Vacina obrigatória: ponderações

A problemática sobre a questão da vacina obrigatória diz respeito a fatores de ordem jurídica, por exemplo, no tocante à liberdade individual de cada cidadão em decidir sobre a própria vida, o que envolve a sua saúde, mas também a questões de ordem psicológica.

Isso porque, muitos especialistas acreditam que a obrigatoriedade, por si só, já produz um efeito contrário à intenção de vacinação em massa. Isso é explicado pelo fato de que medidas forçadas geralmente despertam nos indivíduos maior tendência à desconfiança e rejeição.

Os críticos da vacinação obrigatória, portanto, como o ministro Queiroga, alegam que a conscientização popular sobre a importância da vacina é muito mais eficaz do que a imposição, pois ela cria nos cidadãos um senso de responsabilidade pessoal não apenas sobre a própria vida, como também das que estão ao seu redor.

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